Com 11 milhões de desempregados no país, brasileiros não têm o que comemorar neste Dia do Trabalho
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) do IBGE, divulgada na última sexta-feira (29), a taxa de desemprego já atingiu a marca de 10,9% no primeiro trimestre deste ano, um verdadeiro recorde desde que a pesquisa passou a ser realizada, em 2012. Assim, o governo de Dilma Rousseff é responsável por cerca de 11 milhões de pessoas sem emprego no Brasil.
E, mesmo entre as que ainda estão empregadas, não existem motivos para celebrar o feriado deste domingo. Em vez de ver seu poder de compra aumentar com o passar do tempo, o trabalhador viu seu salário médio cair 3,2%, passando de R$ 2.031 para R$1.966 em apenas um ano.
Na avaliação de Alberto Goldman, vice-presidente nacional do PSDB, todos os números negativos em relação ao emprego no país já eram esperados por conta dos equívocos da política econômica adotada pelo governo.
“No caso específico do Brasil, [a causa disto] é uma política econômica absolutamente equivocada. Já era previsto que nós iríamos chegar a índices de desemprego como esses. Nós estamos vendo algo que já vinha sendo anunciado, previsto, mas o governo resolveu tomar medidas absolutamente artificiais nos últimos anos para sustentar uma posição, um quadro insustentável na economia, o que levou a isso que nós estamos vendo hoje”, ressaltou o ex-governador de São Paulo.
Ele também salientou que, apesar de o Dia do Trabalho ser uma data histórica para os trabalhadores de todo o mundo, este domingo não é um dia de muitas comemorações para os brasileiros.
“Eu acho que [o Dia do Trabalho] sempre é um dia muito simbólico para a história da humanidade, portanto tem um sentido de comemoração ou de orgulho do papel histórico das lutas dos trabalhadores do mundo todo pelo menos nos últimos 100 anos, certamente. É um dia muito histórico, muito representativo. Agora, no Brasil, nesse momento, nós temos muito pouco a comemorar. O que nós temos a comemorar é a saída desse governo, a expulsão desse governo que tem causado tantos danos ao país”, avaliou.
Para o presidente de honra do Núcleo Sindical do PSDB, deputado estadual Ramalho da Construção (SP), este 1º de maio de 2016 marcará a primeira vez, em seus quase 67 anos de vida, em que o Dia do Trabalho não será motivo de comemorações.
“Não temos o que comemorar porque, em um país em que nós temos 10 milhões e 300 mil trabalhadores desempregados, você vai comemorar o quê? Em um país que tem mais de 10% de desempregados, o que nós vamos comemorar? Em um país que não tem motivação para o crescimento, para o trabalhador é um dia de tristeza, um dia para ficar de luto. Eu recomendaria que no domingo todos os operários usassem uma fitinha preta”, afirmou.
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